segunda-feira, 29 de março de 2010

Preparando para a páscoa de chocolate

Está chegando a Páscoa, uma das épocas do ano em que a gente ganha mais espinhas hihihi, brincadeira. A minha rotina na páscoa mudou muito nos últimos anos.

Desde que descobri uma alergia a chocolate, que para quem não sabe é o leite com nescau é um dos principais responsáveis por desencadear reações alergicas em crianças menores de 80 anos. eu perdi o gosto em comê-lo, na verdade amo chocolate, porém em doses homeopáticas, apenas para sarar a saudade, as vezes ainda me atrevo a tomar um copo de chocolate quente, um cappuchino e nessa época da páscoa me acabo nos ovos que a minha mãe faz.

Já passei a páscoa em algumas diversas maneiras, trabalhando como nos últimos anos, estudando, e enfim, algumas delas rendem histórias.

A minha mãe durante alguns anos fez os ovos de páscoa da escolinha onde eu fiz o meu jardim de infância, que carinhosamente a gente chama de Escola da tia Viviam, já quie ela, eu acho, ainda é a diretora, era uma época boa porque todas as crianças achavam que era o coelho que trazia os ovos, mais o coelho era a minha mãe, é muito bom ter uma mãe coelho da páscoa, até mesmo no ensino fundamental, lá pela terceira série ainda minha mãe era convidada a fazer os ovos de páscoa da escola e também a se fantasiar de coelho. "Tá vendo a MINHA mãe é um coelho da páscoa".

Honestamente, os ovos de chocolate que ela faz são sensacionais, já comi desses industrializados até mesmo da mesma marca de chocolate que ela usa, mais nem assim superam os dela, nem mesmo as marcas grandes e famosas, de todas ainda prefiro os da minha mãe, agora imagina a tortura do rapaz que vê chocolate o dia inteiro e não pode comer????!!!! Viu, é assim que a gente supera.

Então nesse período até eu ir para o ultimo ano da faculdade a páscoa sempre representou trabalho lá em casa, muito bombom para embrulhar, trufas a fazer, chocolate sendo raspado e derretido e a gente até três da manha na quinta feira santa para terminar os ovos, teve época que eram quase duzentos, trezentos, para uma confecção completamente caseira era muita coisa.

Quando comecei a trabalhar as coisas mudaram um pouco, a monografia na faculdade também dificultou [outra história], e quando eu terminei a faculdade fui trabalhar no comércio, tive duas crises alérgicas enquanto os promotores montavam a parreira de ovos, é verdade o cheiro me deixa sem ar, entope as minha vias respiratórias, sorte que eu trabalhar no setor de cds, lá não tinha ovos, mais o estoque e a loja toda cheirava chocolate, e eu respirava a prestações para não me sentir mal.

Desde que vim para Manaus a páscoa dos chocolates sumiu, ano passado eu nem lembro onde eu estava, esse ano eu acho que vou ficar com a minha tia de consideração, mais mesmo assim ainda não sei, vou comprar os chocolates, dar alguns bombons por aí, e partilhar aqueles que eu ganhar.

É claro que convites são bem vindos ok?

Com relação a páscoa cristã, a qual eu participo já a pelo menos uns dez anos, é outra história.

Eu vou caminhando, e vocês vem comigo?....

segunda-feira, 22 de março de 2010

BBBio, A Fazenda NO Limite

Pois é pessoal, dentre as minhas peripécias da semana passada uma foi mais marcante, eu matei aula no curso de Mestrado, o mais legal foi que matei aula avisando que ia matar, já que tive que levar um documento pra coordenação do curso, outro para a prefeitura do campus pro coordenador da fazenda, enfim uma pilha de documentos para passar quatro dias em campo.

A gente foi para a Fazenda Experimental da Ufam, fica no na BR-174, ao norte de Manaus, lá o PPBio tem um grid com algumas parcelas permanentes onde a minha amiga Ana tá trabalhando, a gente foi para aprender a identificar as palmeiras, é fácil, porém pequenos detalhes fazem total diferença.

Fomos eu, Ana, Pedro (o cupinzeiro), Seu Pedro (auxiliar de campo), Seu Chiquinho (irmão da professora) e a Professora Gracimar, a minha orientadora, aliás parabéns para ela que deu um banho na gente no campo.

A gente foi na quarta feira de manhã, no ônibus da Ufam, junto com um pessoal da microbiologia, almoçamos lá e depois fomos para o acampamento, são pouco mais de cinco quilômetros de caminhada, subindo e descendo as ladeiras e atravessando baixios.

As parcelas eram longe e as vezes levava mais de duas horas para chegar, mais valeu a pena, deu para aprender a identificar as espécies e algumas dúvidas foram sanadas, também com isso acabei mudando os planos do meu mestrado e acho que agora vou trabalhar com outras coisas com as mesmas coisas, quando definir eu conto para vocês.

Mais o mais legal de tudo na verdade são as conversas antes de dormir, foi uma aula de cinema, estórias amazônicas e conhecimentos gerais, porém como tudo não fica normal, papos malucos surgiram foi nesse instante que veio a tona o assunto eram os programas de televisão, nasceu então BBBio A Fazenda No Limite, um reality show que acabou com a seguinte afirmativa: Eu fui eliminado, meu tóten foi destruído no portal da fazenda.

AHuhuhu foi unanimidade, com apenas um voto não recebido, o meu, todos me eliminaram porque a minha barriga esvazia rápido, e tiveram medo da comida acabar ihihihi, na verdade eu como muito e não me importei com a brincadeira...

Bom as fotos vem depois, por enquanto fica a história.

E eu vou seguindo, andando, caindo e sendo eliminado de reality shows por aí, e vocês vem me seguindo..

segunda-feira, 15 de março de 2010

Breves cenas

Olá, esse fim de semana está acontecendo o 2º Festival Breves Cenas de Teatro, uma iniciativa da H Produções, com apoio de lojas locais e do governo. Ontem foi o segundo dia e eu finalmente pude conhecer o interior do Teatro Amazonas, a famosa Ópera de Manaus.

O glamour que é representado mas histórias é real e o teatro é fantástico.

Embora tenha me decepcionado pois achava que era bem maior, visto de fora é enorme, porém o grande salão do teatro é relativamente pequeno, porém fantástico, todas as obras de arte e tudo mais, me senti dentro da própria ópera de Paris (embora nunca tenha visto ela de verdade).

Fiquei num dos andares nas cabines, o problema é que as cabine são totalmente horizontais, e como tinham três pessoas já na beirada eu fui obrigado a assistir as cenas em pé (eu não entendi o porque dessa posição das cadeiras, ficou bem claro para mim que fica muito melhor se você ver da platéia.

Foram cinco cenas e nos entreatros um DJ tocava música eletrônica misturada a música regional (particularmente eu não gostei muito).

Comentando as cenas rapidamente:

Abis/OM do diretor e ator Gerrah Tenfuss do Paraná, uma coisa que eu não gosto muito do teatro é quando ele é monólogo e sem falas, e esse foi assim, eu não entendi a peça e talvez a minha concepção esteja errada, mais a interpretação de algúem se debatendo para descobrir um caminho até um bebê e depois comer o coração do boneco me deixou um tanto absmado, se for ver com relação a interpretação e movimentos corporais foi bem interessante, mais não é o o meu gosto.

Delírios do Cotidiano: Já foi mais a meu favor, o texto englobava pessoas e seus problemas, desde esquecer de dar a descarga como não conseguir encarar a morte ou a traição, um pouco de comédia e drama, os atores estão de parabén embora ainda tenham muito que estudar, a direção foi de Danni Salles e a cena é daqui do Amazonas.

O Funeral: direção e atuação de Joice Aglae do grupo Cia Buffa de Teatro da Bahia, entra naquele esquema de monólogo sem falas, mais esse me manteve preso do inicio ao emocionante final. A atriz vestida com um vestido enorme carregando duas malas faz um número de dança e distribui flores interagindo com a platéia, é engraçado em certos pontos e trágico em outros, depois ela ao tentar se cobrir com um casaco para dormir não consegue manter os pés e braços cobertos, então luta com o casaco até perceber que o havia matado. Saindo chorando desesperadamente do palco, recolhendo as flores e velando o pobre do casaco. Incrível, a melhor cena da noite com certeza, atuação esplêndida, não foi a toa que ela foi aplaudida de pé.

Recriando mitos Tikuna: Pela regional também da Cia. Teatral a Rã Qi Ri, contando histórias da criação do povo Tikuna, linhagem indigna do alto do rio Solimões, muito bem representada e dirigida pela Nereide Santiago. As pessoas vestidas e pintadas como o povo contaram a lenda dos deuses Tikuna e da criação dos povos, fechando com a participação de duas pessoas da platéia ajudando a narrar a história, como sempre nessa forma de contar a história é interessante, mais me deixou um pouco cansado.

Magic Show: do grupo Macloun de São Paulo, uma tentativa de fazer uma comédia stand-up com magia na direção da Luciana Abel Arcuri, engraçado e naquele estilo bem stand-up que o povo gosta e que é divertido, esse tipo de comédia não é a minha favorita mais foi atrativo, e como sempre algumas piadas eram repetidas e tudo mais.

Finalizando a noite teve sorteio de brindes das lojas e o merchã de sempre.

Fora o medo de ser assaltado (outra vez) pois o centro de Manaus a noite é parado e de ter visto a prostituta mostrar os peitos gritando com o cliente dela, e ainda tentar pegar o ônibus para casa na parada errada voltei para a casa satisfeito, embora não tenha sido excepcional como eu esperava foi um bom momento e conhecer o teatro foi algo muito bom, afinal tem gente que vive aqui e nunca foi lá dentro, agora eu posso dizer que eu já fui.

É isso aí pessoal, lá vou eu e vcoês vem me seguindo....

quinta-feira, 11 de março de 2010

Seminários

Começaram as aulas do mestrado, a primeira diciplina, Seminários, um conjunto de palestras, defesas e mais um monte de coisas que no final tudo vira relatório.

Quando a gente tá na graduação acha que mestrado é coisa de outro mundo, que você vai fazer milhares de disciplinas e que todas as perguntas que você tinha na graduação serão respondidas.

Enfim, você que pensa isso está errado, o mestrado é um conjunto de disciplinas que te preparam como pesquisador e acadêmico, você vai estudar coisas especificas do seu trabalho e algo mais geral da grande área que você escolheu.

Dentre as disciplinas que tenho obrigatórias ainda faltam Estatística (aff eu tenho paura) e metodologia (essa ainda vai), estou mesmo curioso com as disciplinas eletivas de Métodos de coleta e conservação e de Biologia da Conservação, ambas com atividades práticas e o principal, viagem para fora de Manaus.

Estou ansioso e isso é bom, pois assim me esforço mais para aprender.

Ah sim, quanto aos seminários a gente absorve poucas coisas, mais é bom ver o que tem de tão diverso nesse mundo.

E pra quem quiser conhecer mais um pouco eu sugiro tirar umas férias e vir para Manaus, passar uns dias em campo ou em hotéis selva, conheçam essa beleza que é a Amazônia.

Bom pessoal, eu vou andando e por enquanto estou me recuperando do assalto e da saudade.

E vocês, vão por onde...

domingo, 7 de março de 2010

Mãos armadas

Tem situações na vida que a gente nunca quer passar e tem situações que nós as vezes passamos sem querer.

Foi simples e rápido, passa o celular e a carteira senão eu te furo.

Uma faca tramontina de corte de carne, um tanto afiada de forma errada e toda riscada (tá agora vai como eu no meio do assalto sei a marca da faca, e pra que serve, isso é que eu trabalhei nas lojas americanas no setor de utilidades domésticas e também, tem maluco por aí viciado em espadas eu adoro facas oras...).

Enfim, não foi bom eu entreguei tudo sem reagir, não tenho carne de aço ou os poderes da Claire Bennet para me regenerar, entreguei primeiro o celular e depois a carteira, o cara fugiu e eu segui andando sem problemas.

Bom na pior das hipóteses poderiam ter acontecidos coisas inesperadas, bom, enfim, com isso e tudo mais eu estou bem, com saúde e hoje tomei uma chuva adoravel para lavar a alma.

Só espero humildemente que o mundo um dia possa melhorar.

É, para aqueles que acham que Manaus está pacata, espantem-se, aqui ta parecendo Sampa ou o Rio já.


Bom eu vou andando, e vocês vem me seguindo....


PS mandem e-mail pq eu ainda não recuperei o celular

sábado, 6 de março de 2010

Saudades...

Hoje eu só vim deixar a minha homenagem ao homem mais honesto que eu já conheci!
Ao caracter que ele tinha e a todos os ensinamentos que ele me deixou.

Aos sorrisos e partidas de dominó e cacheta, aos dais frios em que corríamos atrás dele para conseguir um agrado nutritivo pela manhã.

As vezes em que escondido ele vinha com balas de amendoim ou hortelã.

As vezes em que ele nos dava trabalho e nos deixava preocupado.

Aos favores que nos pedia e sempre atendíamos.

Ao exemplo de superação e força de vontade.

Ao carinho com o qual ele nos tratava e sempre atencioso quando necessário.

Ao ardor da sua vida e aos melhores momentos que pudemos ter juntos.

Hoje não choro, pois celebro a vida daquele a quem sempre admirei e talvez eu nunca tenha tido a chance de dizer o quanto, mais hoje eu não vou chorar, porque eu celebrarei a vitória de uma vida sofrida e de uma família constituída.

Hoje eu não vou chorar porque ele está em paz e não sofre mais, assim como eu vou esquecer os anos em que ele sofreu, as vezes em que ele esteve mal, vou manter na minha mente aquele sorriso lindo e cálido.

Vou manter na mente os dias frios e os copos de leite, os milhos ás galinhas e os pequenos lambaris nas varinhas de bambu.

Vou lembrar dos sufocos que passamos para poder estar perto dele, dos discursos de boa noite e de todas as coisas boas que eu possa lembrar.

E no dia de hoje eu não vou mais chorar, daqui para frente não posso mais chorar, porque celebro a vida que ele me deu, a vida que ele me mostrou, a fortaleza do sorriso e a graça do adormecer.
A partir de hoje eu vou celebrar, só isso.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Academia... um passo de cada vez

Honestamente eu não sei porque eu continuo na academia, é claro que eu sei a razão para qual eu fui lá na primeira vez.

Estava chuviscando, eu fui lá para conhecer as instalações, eu nunca tinha freqüentado uma academia de ginástica, minha única forma de exercícios eram as poucas vezes que saía para dançar e as caminhadas regulares. Gostei do ambiente, principalmente a piscina, não muito grande mais algo que me chamou atenção, mesmo naquele tempo.

O instrutor foi bem simpático, me mostrou a academia e passou os preços, bem adivinhem o que eu fiz? Não apareci lá por duas semanas... esperei receber o pagamento e ai eu fui lá.

Para quem nunca começou a malhar eu vou contar como é. A gente tem que fazer uma avaliação, algo básico, tiram as medidas e te colocam na esteira por dez minutos, ai você começa treinando bem de leve, quase sem peso algum, eu me lembro que tinha uma garota lá que puxava três vezes mais peso que eu estava puxando, mais eu fingia não ver e ia lá puxar peso que não pesava (não pelo menos para a garota).

Engraçado é que eu sempre, meio que, “desgostei” das pessoas que ficavam lá horas sofrendo e no final ficam mostrando os calombos nos braços, eu sempre me senti avesso a essas pessoas, porém ao entrar ao entrar em uma eu descobri que nem todos são assim, descerebrados.

É claro que tem muita coisa para pensar sobre o que te leva a ir a uma academia, no meu caso a adaptação a um ambiente muito diferente, o calor e a umidade são duas coisas que eu nunca tinha tido tanto contato assim, por via das dúvidas ao exercitar você acaba forçando seu organismo a se adaptar a nossas situações.

Só sinto não ter levado a sério, passei uns meses malhando com o mesmo peso, achando que nunca ia dar resultado mesmo. É claro que quem me vê fala que eu nunca entrei na academia mais quem me conhece a mais tempo diz o contrário.

Também não fui fiel ao negócio assim, fui seis meses, parei dois, voltei dois, parei um, voltei um e parei mais um tempo e voltei agora. É lógico que com toda a certeza eu não ia estar mais forte, quando parei me exercitava com o dobro dos pesos e com o dobro da intensidade que hoje, mais em três meses espero voltar a forma antiga com um corpo novo. Não sarado, mais saudável e com mais uns três quilos pelo menos.

Na verdade, tem ainda aquela famosa nóia do brasileiro, se você é gordo é gordo demais, se é magro é magro demais, nunca está satisfeito, embora sempre diga estar feliz com o corpo que tem.

Bom perrengues e casos engraçados dentro da academia deverão vir com um certo tempo ainda, visto que o blog está só começando e os primeiros passos sempre são mais difíceis, como quando se entra na academia, primeiro a anilha de dois, depois a de três, cinco, cinco e dois, cinco e quatro, dez, quinze... e assim vai neh?

Eu vou andando e vocês? Vem me seguindo?...

P.S. eu já estou fora da academia outra vez, enfim um dia talvez eu me mantenha lá por mais pelo menos seis meses seguidos